Uma boa estratégia é fundir os vocábulos “amigo” e “cão”, que dá o “AmiCão”. Na nomeação dos estabelecimentos desse ramo de animais, a estratégia de ordem pragmática é estabelecer laços de afetividade e assim o uso do português aparece em primeiro lugar: “Lambidinhas de amor”, “Amor sobre patinhas”, “Vira-latas” e “Bicho da Caneca” seguido de “pet shop” ou até “pet center”. É interessante que um simples clichê como “feito cão e gato” pode virar um nome atraente para uma loja que cuida de animais.
Mas não é necessário usar nomes estrangeiros, pois o próprio português oferece oportunidades para criatividade, como no caso de uma clínica veterinária cujo nome é “18 kilatem e 1 kimia”, que aproveita a ambiguidade de “(os cachorros) que latem” e “quilate”, por um lado, e “(um gato) que mia” e o elemento de composição do português -químio(a).
John Robert Schmitz é professor do Departamento de Linguística Aplicada, Instituto dos Estudos da Linguagem, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Nós escambiamos